A inclusão de coberturas
vegetais, especialmente arbóreas, em espaços urbanos, está ligada, dentre
outros aspectos, à tentativa de recomposição da flora regional ou local. No
entanto, de forma contraditória, as práticas de arborização ou de manejo da vegetação,
são acompanhadas de ações de fitocídio ou supressão irresponsável das
fitofisionomias originais e/ou exóticas.
O termo Fitocídio ou
práticas de fitocídio compreende um conceito novo de uma prática socioambiental
antiga. Corresponde, portanto, a toda e qualquer ação ou conjunto de ações de
natureza humana, que comprometa diretamente ou indiretamente as condições
ecológicas de coberturas vegetais nativas ou não, desencadeando sua supressão
parcial ou total. Tal condição altera os padrões de distribuição geográfica,
uma vez que, há uma forte interdependência entre os elementos bióticos e
abióticos da paisagem. Em contextos urbanos e rurais, essas práticas são
historicamente registradas e qualificadas usualmente como práticas de
desmatamento e queimadas.
Desse
modo, a população baiana, especialmente feirense, não pode aceitar uma postura
irresponsável dessa. Quando o poder público feirense de fato se preocupou com a
arborização da cidade? Não será agora que isso vai acontecer. Não podemos
aceitar práticas, que por um lado, vem carregadas
ideologicamente de que vai resolver o problema da mobilidade na cidade. Não
podemos aceitar a retirada de nossas árvores. Isso comprometerá ainda mais o
quadro bioclimatico da cidade. Essa proposta de replantio nos canteiros não
resolve o problema de conforto térmico de Feira de Santana. Apoio ações contra
a supressão irresponsável de nossas árvores. Até parece que a cidade apresenta
um índice de cobertura vegetal satisfatório... Criemos um abaixo assinado ou
qualquer documento que impeça esse crime ambiental.
Por Ivan Matos
Graduado em Geografia [UEFS]
Mestre em Geografia [UFBA]
Professor de Geografia [ IFBA – Câmpus Salvador]
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