Fonte: Mercado Livre
Dando continuidade à série composta por
álbuns que marcaram minha vida e ainda hoje me enchem de uma nostalgia
juvenil cada vez que eu os ouço, posto aqui comentários sobre mais sete
álbuns marcantes de rock, dessa vez internacional. Não dá para lembrar
de todos, né!
PS: Sete não é um número esotérico nem, tampouco,
cabalístico para mim, é apenas um número que eu simpatizo. Aliás, sempre
simpatizei mais com números ímpares. Sei lá, talvez seja alguma coisa
meio cabalística mesmo. Ah… vamos aos álbuns!!
1. Guns N’ Roses – Appetite For Destruction (1987)
Foi um dos primeiros álbuns de rock internacional que eu realmente parei para ouvir. Já havia ouvido vários outros, mas não como este. A banda, em seu primeiro trabalho de estúdio nos brinda com um hard rock suingado, irreverente, pesado e melódico na medida certa. Foi, sem dúvida, em minha modéstia opinião, o álbum mais equilibrado que eles lançaram ao longo de sua carreira. E a guitarra de Slash constitui um show a parte. O disco abre com o clássico Welcome to the Jungle, e vai seguindo com uma série de clássicos até hoje obrigatórios em seu set list como Paradise City, It’s so Easy e Sweet Child O’Mine.
2. U2 – Under a Blood Red Sky (1983)
Este foi o primeiro álbum ao vivo gravado
por este quarteto irlandês (na época, 1983, ele foi lançado como um
mini-LP), uma das bandas de rock mais bem-sucedidas da história. Com uma
carreira sólida e concisa ao longo dos anos, com a mesma formação desde
os primórdios o grupo passou por altos e baixos no decorrer de sua
história, porém vem se mantendo até os dias atuais sem deixar a “peteca
cair”, com turnês milionárias, os discursos messiânicos do vocalista
Bono Vox e um set list mesclado com clássicos históricos e mais recentes.
Nesse
álbum ao vivo gravado em Dublin, capital irlandesa, em 1983, o grupo,
ainda jovem, nos brinda com oito faixas até hoje clássicas, em versões
arrebatadoras, como Gloria, que abre o disco, The Eletric Co., I Will Follow, New Year’s Day e o hino Sunday Bloody Sunday.
3. Pearl Jam – Ten (1991)
A cena grunge, surgida em Seattle (EUA, no início da década de 1990, teve como filho mais famoso a banda Nirvana, liderada pelo tresloucado Kurt Cobain. Esta, porém, está longe de ser a banda mais talentosa, musicalmente falando, produzida pelo movimento. Aliás, para quem já assistiu alguma performance deles em um show, percebe-se que eles ficaram muito mais famosos pela “atitude” do que pela música, onde eles nitidamente não tinham o menor pudor em desafinarem ou errarem notas, por exemplo. Destaca-se, porém, bandas cujo talento era eminente, tanto em estúdio como ao vivo, a exemplo do Alice in Chains e do Pearl Jam. Enfoquemos na última. Formada pelo ótimo vocalista Eddie Vedder e por mais quatro músicos excepcionalmente talentosos (os guitarristas Stone Gossard e Mike McCready, o baixista Jeff Ament e o baterista Matt Cameron), o Pearl Jam começou bebendo nitidamente na fonte de bandas setentistas inglesas, como o The Faces e o Rolling Stones, como se percebe no seu álbum de estréia, o Ten, lançado em 1991. Nesse disco, recheado de clássicos até hoje indispensáveis em qualquer apresentação da banda, há pancadas como Once, Why Go, Jeremy e a maravilhosa Even Flow, e também baladas como Release, Alive e a belíssima Black.
4. Metallica – Metallica (1991)
Na cena thrash metal mundial, nenhuma outra banda se destacou como o Metallica. Considerado por muitos críticos como os pioneiros do estilo, uma espécie de heavy metal com um som mais “sujo” e mais agressivo, o grupo lançou álbuns clássicos ao longo de sua carreira de 30 anos. Entre 1983 e 1991, gravaram cinco álbuns clássicos: Kill’n Wall (1983), Ride the Lighting (1984), Master of Puppets (1986), …and Justice for All (1988) e Metallica (1991). Esta constitui a fase áurea de sua longa história. No último álbum citado acima, conhecido popularmente também como “The Black Album” devido a capa em tom negro (provavelmente uma homenagem póstuma ao falecido ex-baixista Cliff Burton), o grupo apresenta um som mais cadenciado em relação ao álbuns anteriores, embora ainda pesado. Destaque para as belas The Unforggiven e Nothing Else Matters, e as clássicas Sad But True, Enter Sandman e Wherever I May Roam.
5. Radiohead – OK Computer (1997)
Eleito por diversas revistas especializadas em rock n’roll e música em geral como um dos melhores álbuns de rock da década de 1990, a exemplo da conceituada Billboard, esse álbum consagra de vez o Radiohead, um dos pioneiros do movimento BritishPop (ou simplesmente, Pop Britânico) dos anos 1990, como uma das bandas mais criativas ainda em atividade da música mundial. Sim, Thom Yorke é um poeta genial cercado por músicos talentosos, como o guitarrista Ed O’Brien, que compõem a cozinha perfeita para o menu de canções a serem servidas. O Ok Computer constitui também o álbum mais equilibrado do Radiohead, onde este combina perfeitamente a sonoridade pop de seus álbuns anteriores, o Pablo Honey (1992) e o The Bends (1995), com o experimentalismo que viriam a ser mais enfocados em seus trabalhos posteriores, como o Kid A (2000) e o Amnesiac (2001). Tematicamente, o álbum aborda a tecnologia, a política, a alienação e a hipocrisia social. Destaque para No Surprises, Karma Police, Let Down e a espetacular Paranoid Android.
6. Iron Maiden – Powerslave (1984)
Quando eu comecei a ouvir rock pesado, comecei pelo thrash metal, uma variação mais agressiva do heavy metal, por bandas como Megadeth, Metallica e Slayer. Ouvir o Iron Maiden pela primeira vez, através de um grande amigo que eu considero um irmão chamado Manoel, foi antes de tudo a descoberta de que era possível fazer um som pesado e ao mesmo tempo melódico. Virei fã quase que instantâneo da banda.Maior representante do movimento conhecido como New Wave of the British Heavy Metal (NWBHM), surgido no início dos anos 1980, o Iron Maiden começou como um quinteto centralizado nas personalidades do guitarrista Dave Murray e do baixista Steve Harris, únicos integrantes fixos do grupo até então. As temáticas de suas letras alternam entre histórias de ficção científica, misticismo e até eventos históricos.
No Powerslave, quinto
álbum de estúdio do grupo (lançado em 1984), o time é composto pelos
vocais de Bruce Dickinson, a guitarra de Adrian Smith e a batera de
Nicko McBrain, além dos já citados membros, constituindo a formação mais
clássica do grupo. Clássicos como Aces High e 2 Minutes to Midnight são
até hoje obrigatórios em qualquer turnê do grupo. Na minha modéstia
opinião, é o melhor álbum já produzido pelo grupo, juntamente com o Piece of Mind, gravado um ano antes (1983). Ambos não contêm uma única faixa ruim, ou sequer regular.
7. Sepultura – Arise (1991)
Quando ouvi pela primeira vez o Sepultura eu devia ter uns 17 anos. Pirei instantaneamente (sem exageros)! Foi através de um amigo chamado Cléo, que andava comigo e com alguns amigos “roqueiros” da rua onde morei em minha juventude. Na casa dele havia um LP Arise, juntamente com algumas outros discos pertencentes a sua mãe. A capa já me assustou logo de cara. Uma coisa quase que apocalíptica! Quando comecei a ouvir os primeiros acordes de Arise (faixa-título) então, me arrepiei todo. Nunca havia ouvido nada tão pesado e tão tenebroso ao mesmo tempo. Mas acabei ficando viciado pelo álbum, a ponto de eu os mesmo citados amigos termos, na época, encomendado camisas pretas com a capa do citado álbum gravada. Em shows de rock que rolavam na cidade, ou até mesmo em outros eventos, só dava ela. Pioneiros no movimento surgido em Belo Horizonte no fim dos anos 1980 que divulgava o metal pesado cantado em inglês, juntamente com bandas como Chakal e Sarcofago, o Sepultura foi fundado pelos irmãos Max (vocal e guitarra rítmica) e Igor Cavalera (bateria) e depois consolidado com Andreas Kisser (guitarra solo) e Paulo Jr. (baixo). Foi também uma das bandas brasileiras pioneiras a desbravar terras estrangeiras com o tipo de som que faziam. Além de Arise, destaca-se pancadas como Dead Embryonic Cells, Desparate Cry, Subtraction e a versão matadora de Orgasmastroin, do Motörhead, uma de suas maiores influências.
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